John lenon impregnado de vaidade declarou certa vez que os “Beatles eram mais famosos que Jesus Cristo” Se utilizou dessa comparação, ao meu ver, colossal, imensurável, para em outras palavras expressar seu sentimento de momento, coisa assim do tipo: “eu sou o dono do mundo”, “sou mais importante que Deus”, etc. Recordo-me que na história foram vários que pensaram assim como o John e o final todos nós sabemos o que aconteceu. Devaneios, mitos, estão ai para ser decodificado. Cada maluco acha o que quer, concorda? Pois é a história está novamente reeditando acontecimentos semelhantes a este. A bem da verdade em menor relevância, mas com o mesmo intuito a criatura sobrepujando o criador.
O fato que me remeteu a essa reflexão foi à posição tomada pela banda chiclete com banana de não desfilar mais no circuito oficial do carnaval baiano (Campo grande).Razões não muito claras foram dadas por Bel Marques (vocalista e líder da Banda), como por exemplo, a preocupação de encontrar o Afoxé Filhos de Gandhi (entidade histórica do carnaval baiano) durante o percurso. Outro motivo alegado e de cunho financeiro é o atrativo e visibilidade que tem a orla da barra. É evidente que Bel Marques, inteligente, como demonstra ser, sabe a posição que sua banda ocupa neste evento, tem a noção exata e consciência que o Chiclete é uma peça importante no cenário carnavalesco de Salvador, por isso, de certo sabia que sua decisão desencadearia o êxodo de outros artistas como já foi anunciado, a segui-lo nesta incursão.
O apartheid que é notório no carnaval da cidade de maior população negra fora do continente africano, cada vez mais, tem revelado adeptos que parecem ter como meta orquestrar a destruição da festa tida como a mais popular do mundo. Essa segregação que tem caráter de assédio pela sua duração, tem sua presença marcante principalmente no domingo, na segunda e terça feira de carnaval, onde desfilam os chamados “grandes blocos”, (agremiações que ostentam maior poderio financeiro, patrocinadores importantes e artistas reconhecidos nacionalmente), onde a maioria dos soteropolitanos é intencionalmente convidados a ceder o seu direito do uso do solo para as pessoas(turistas) que vem de fora, simplesmente porque os preços e a preferência de certas entidades como é o caso do Camaleão está totalmente incompatível e fora da realidade da renda de quase a totalidade da população da cidade do Salvador.
Fico pensando há 30 anos atrás quando os garotos do chiclete travestidos de pipocas, ainda anônimos, acompanhando do chão, trios como: Dodô Osmar, Novos Bárbaros, Tapajós, Blocos como: Os Apaches do tororó, Comanches do pelô, Badauê, Filhos do Congo, Ilê Aiê entre tantos e até mesmo os Filhos de Gandhy (hoje seu desafeto), esboçavam orgulho, emoção de estar contido nessa odisséia! Nem é preciso entrar em um túnel do tempo para imaginá-los, senti-los, ouvi-los respirando ofegantemente, desejando mais do que tudo, uma oportunidade de fazer parte do mundo do carnaval, de quem sabe um dia ter o prazer de desfilar no velho e bom circuito oficial em cima de um trio, e concerteza, sem sombra de dúvidas concretizar um grande sonho em suas vidas, hoje realizado!
E agora! Como eles podem ter esquecido que o Chiclete com Banana, hoje cantado por tantos, admirado por muitos, idolatrados por milhares, nasceu das entranhas do carnaval? Como pode Chiclete ignorar que tu foste concebido pelo desejo de um dia tocar e ser visto por todos no tão almejado palanque do Campo Grande? Como pode Bel Marques esquecer-se da honra e da emoção de comandar um trio pela primeira vez por todo o percurso e atingir na Praça Castro Alves, a praça do poeta, a praça povo a sua glorificação e maior idade assim como fez os grandes: Dodô e Osmar (criador do trio elétrico), Caetano Veloso, Morais Moreira, Gilberto Gil? O que te motiva Chiclete com Banana a sobrepujar o seu criador o Carnaval?
Fico pensando há 30 anos atrás quando os garotos do chiclete travestidos de pipocas, ainda anônimos, acompanhando do chão, trios como: Dodô Osmar, Novos Bárbaros, Tapajós, Blocos como: Os Apaches do tororó, Comanches do pelô, Badauê, Filhos do Congo, Ilê Aiê entre tantos e até mesmo os Filhos de Gandhy (hoje seu desafeto), esboçavam orgulho, emoção de estar contido nessa odisséia! Nem é preciso entrar em um túnel do tempo para imaginá-los, senti-los, ouvi-los respirando ofegantemente, desejando mais do que tudo, uma oportunidade de fazer parte do mundo do carnaval, de quem sabe um dia ter o prazer de desfilar no velho e bom circuito oficial em cima de um trio, e concerteza, sem sombra de dúvidas concretizar um grande sonho em suas vidas, hoje realizado!
E agora! Como eles podem ter esquecido que o Chiclete com Banana, hoje cantado por tantos, admirado por muitos, idolatrados por milhares, nasceu das entranhas do carnaval? Como pode Chiclete ignorar que tu foste concebido pelo desejo de um dia tocar e ser visto por todos no tão almejado palanque do Campo Grande? Como pode Bel Marques esquecer-se da honra e da emoção de comandar um trio pela primeira vez por todo o percurso e atingir na Praça Castro Alves, a praça do poeta, a praça povo a sua glorificação e maior idade assim como fez os grandes: Dodô e Osmar (criador do trio elétrico), Caetano Veloso, Morais Moreira, Gilberto Gil? O que te motiva Chiclete com Banana a sobrepujar o seu criador o Carnaval?
